sábado, 30 de janeiro de 2016

Bolo Pamonha

Acabou de sair do forno...


Vi essa receita na internet, fiquei com vontade e resolvi fazer. Super fácil e muito gostoso!

Ingredientes:
2 latas de milho verde ( sem a água);
200 ml de leite de coco;
2 xícaras de açúcar;
4 ovos;
1 pcte de queijo parmesão ralado;
4 colheres de sopa de farinha de trigo

Modo de fazer:
Bata todos os ingredientes no liquidificador e depois acrescente 1 colher de sopa de fermento em pó e bata só para misturar.

Despeje a mistura em uma forma untada e enfarinhada
Leve para assar em forno pré-aquecido em 200º até dourar
Mais ou menos 40 min.
Espere esfriar e desenforme!

Está prontinho!!! Bom apetite!

Conteúdo Programático Ed Infantil


Cronograma de Atividades
EDUCAÇÃO INFANTIL
Profª M. Bárbara Floriano
 FEVEREIRO
CENTRO DE INTERESSE: Eu
DATAS COMEMORATIVAS: Carnaval
CONTEÚDOS: Quem sou eu?
                         Carnaval
                         Higiene e Saúde
DESENVOLVIMENTO: Adaptação da criança na escola;
Apresentação da professora e dos colegas;
Visitar as dependências da escola;
Identificar e nomear pessoas que conviverá na escola;
Deixar a criança explorar, identificar e nomear os objetos de uso na sala de aula;
Definir regras em sala de aula;
Uso do crachá;
Contato com letras do alfabeto e com numerais;
Contato com letras do alfabeto e com numerais;
Contato com a grafia do próprio nome;
Desenho livre;
Histórias;
Músicas;
Brincadeiras;
Desenvolver hábitos de higiene

A criança começará a vivenciar a realidade da escola, a conviver com a professora, amigos e funcionários.
A criança vai devagar explorando todos os espaços da escola. Ela começa entender que a escola é uma extensão de sua casa e que, como em todo lugar, a escola também tem regras e é por isso que existem os professores e funcionários, para ajudar a criança a viver a vida escolar da melhor maneira.
Conversar com as crianças sobre higiene corporal, limpeza da escola, sala de aula e demais ambientes de convívio social. Fazer comentários sobre o piolho.



 MARÇO
CENTRO DE INTERESSE: Família e Escola
                                             Partes do corpo
                                             Órgãos do sentido

DATAS COMEMORATIVAS: 08- Dia da Mulher
                                                21- Outono
                                                22- Água
                                                27- Circo

CONTEÚDOS: Circo
                         Água

DESENVOLVIMENTO: Levar a criança a adaptar-se ao novo ambiente social, considerando a sua vida familiar e sua história de vida;
Integrar a criança na família e na escola;
Familiarizar a criança com seu próprio corpo;
Explorar sons;
Explorar a Natureza;
Observar o tempo (calendário);
Adquirir noção de semelhança e diferença.


                                                     ABRIL

CENTRO DE INTERESSE: Vizinhança e Escola   
                                            
DATAS COMEMORATIVAS: Páscoa
                                                18- Dia Nacional do Livro Infantil
                                                19- Dia do Índio
                                               

CONTEÚDOS: Índio
                         Páscoa
                

DESENVOLVIMENTO: Dialogar e mostrar à criança a necessidade de amizade com os vizinhos e amigos de classe, encontrando nelas o espírito de cooperação, auxílio mútuo e respeito pelo outro.
Conversar com a criança sobre a Páscoa no seu verdadeiro sentido, através de histórias, músicas e atividades, para que cada uma sabe. Realizar atividades semelhantes sobre o Índio, comentando sobre sua vida, alimentação, vestimenta, como vivem, dormem, adquirem alimento e o que podemos aprender com eles.


 MAIO
CENTRO DE INTERESSE: Profissões
                                             Meios de Comunicação

DATAS COMEMORATIVAS: 01- Dia do Trabalho
                                                Dia das Mães
                                               

CONTEÚDOS: Dia das Mães
                   

DESENVOLVIMENTO: Levar a criança a perceber que ela, como indivíduo, faz parte de uma comunidade virtual, e observar os meios de comunicação que existe em sua comunidade;
Mostrar os diversos tipos de trabalho, ensinando-os a respeitá-los;
Mostrar às crianças como o papel da mãe é importante, pois seus cuidados são essenciais.
Obs: é importante ter cautela com esse assunto, uma vez que algumas crianças sofrem a ausência da mãe.


                                                JUNHO

CENTRO DE INTERESSE: Zona Urbana e Zona Rural
                                            
DATAS COMEMORATIVAS: 05- Dia do Meio Ambiente
                                                Festa Junina
                                                Início do Inverno
                                                Semana do padre Donizetti

CONTEÚDOS: Festa Junina
                 
DESENVOLVIMENTO: Falar sobre a preservação do Meio Ambiente;
Mostrar à criança a importância da vida no campo, comparando com a vida na cidade. Dizer à criança a importância da terra e que ela nos fornece alimentos;
Conversar sobre as Festas Juninas e o perigo de soltar balões e fogos de artifício;
Falar com as crianças sobre o início do Inverno (começo do frio, todos têm que andar bem agasalhados);
Conversar sobre o padre Donizetti



                                                     AGOSTO
CENTRO DE INTERESSE: Plantas
                                         
DATAS COMEMORATIVAS:  Dia dos Pais
                                                20- Dia da Cidade
                                                22- Dia do Folclore
                                                25- Dia do Soldado

CONTEÚDOS: Alimentação
                        
DESENVOLVIMENTO: Falar com as crianças sobre as pedras, que ela não têm vida, não sentem dor, não falam e não morrem. Elas se formam com restos de coisas que se acumulam com o tempo e se transformam em pedra, isso acontece depois de muitos e muitos anos, após muita chuva e muito sol.
Mostrar a importância do barro e da terra, pois ela nos dá os alimentos e o barro serve para fazer telhas, tijolos, enfeites e aproveitar para falar sobre o dia de Tambaú.
Conversar sobre o dia dos pais, com cautela.
Falar sobre o Folclore e sua importância cultural, através de histórias, lendas, festas, brincadeiras, brinquedos e culturas.
Conversar sobre a relevância do papel do Soldado.


                                                 SETEMBRO

CENTRO DE INTERESSE: Meios de Transporte
                                            
DATAS COMEMORATIVAS: 07- Dia da Pátria
                                                21- Dia da Árvore
                                                23- Primavera
                                               
CONTEÚDOS: Trânsito
                        
DESENVOLVIMENTO: Conversar com as crianças sobre o significado e importância do dia 07 de Setembro e o respeito que devemos ter com o nosso país.
Falar sobre a Primavera, que é a estação das flores, e a importância delas.
Dialogar sobre os cuidados com o trânsito. Respeitar os policiais, cooperar com os motoristas, obedecer aos sinais de trânsito, atenção ao atravessar as ruas, etc.
Conversar com as crianças sobre uma grande amiga do campo, as árvores, e falar sobre sua importância: madeira, solo, frutas, remédios, ar, etc.


                                                  OUTUBRO

CENTRO DE INTERESSE: Animais

DATAS COMEMORATIVAS: 04- Dia dos Animais
                                                05- Dia da Ave
                                                 Semana da Criança
                                                15- Dia do Professor
                                               
CONTEÚDOS: Semana da Criança
                        
DESENVOLVIMENTO: Conversar com as crianças sobre os Animais e dizer que os animais são úteis para o homem, sempre ressaltando os cuidados que os mesmos requerem (alimentação, abrigo, vacina). Explicar sobre alguns grupos de animais (mamíferos, selvagens, domésticos, répteis e peixes).
Dialogar sobre a vida de criança, seus deveres e direitos.



                                    NOVEMBRO/ DEZEMBRO

CENTRO DE INTERESSE: O homem e suas realizações

DATAS COMEMORATIVAS: 19- Dia da Bandeira
                                                Festa de Encerramento
                                                25- Natal
                                               
CONTEÚDOS: Natal
                        

DESENVOLVIMENTO: Mostrar para as crianças o mundo em que vivemos e o que foi criado por Deus e o que foi criado pelo homem.
Falar com as crianças sobre o Natal, contando a vida de Jesus, desde José e Maria e mostrar para as crianças um presépio de Natal.
Formatura e Festa de Encerramento do ano letivo.




Livrinho "Animais"




Mais um livrinho... espero que gostem!!!





Trabalhando com numerais

Boa tarde! 
Para hoje temos esse livrinho que elaborei para trabalhar os numerais com os piticos. Ele é baseado no livro "Camilão, o comilão".
Espero que gostem!!!
Não se esqueçam de seguir e comentar =)


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Remover esmaltes


Boa tarde moçada linda!!! 







No fim da semana passada o esmalte escolhido foi o vermelho ( meu queridinho, haha). Na hora de remover o esmalte é aquele sofrimento, não é?! Sujeira, desperdício e borrões são de praxe.
Aprendi, com a minha irmã, uma técnica super legal pra acabar com tudo isso e que funciona de verdade.
Você vai precisa de removedor de esmalte, algodão e papel alumínio.
1- corte 10 quadradinhos de papel alumínio do tamanho que possa embrulhar seus dedos;
2- molhe um pedacinho de algodão e coloque sobre as unhas;
3- embrulhe cada dedo com o papel alumínio;
4- espere 5 minutos e pronto...
O esmalte sai praticamente todo da unha. Sem desperdício e sem sujeira!






Espero que gostem da dica!!! Experimentem e me contem, nos comentários o que acharam! Bjs e bora arrasar que hoje é seeeexxxtaaa!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Boa tarde!!! 
Aqui está o artigo detalhando o projeto! Ele também está publicado nos anais do evento "III Semana de Formação, Pesquisas e Práticas em Educação Infantil – “Olhares Infantis”


ESPAÇO GRIÔ - HISTÓRIAS E IDENTIDADES
FLORIANO, M. Bárbara
Profª Esp. em Psicopedagogia e Educação Especial
RESUMO


 Este texto propõe uma discussão acerca da pluralidade dos
corpos, gêneros e sexualidades. Encontra sua fundamentação teórica nos
estudos de gênero, história do corpo e feminismo pós-estruturalista com
o objetivo de indicar o quanto esses marcadores sociais interferem na
construção da identidade dos sujeitos. Por fim, sugere que essas questões
sejam consideradas no desenvolvimento de proposições pedagógicas no
contexto da escola e fora dela, buscando, sobretudo, o reconhecimento e
respeito pela diversidade.

Palavras- chave: Infância; Identidade; Griôs; Diversidade; Gênero

1-      Introdução
Sabe-se que a temática racial se faz presente em nosso cotidiano desde que o nosso país foi colonizado, especialmente se pensado pelo viés da mão de obra escrava indígena e africana. Um fator relevante é que junto com a mão de obra escrava, segundo Maranhão (2012), também vieram sabedoria, conhecimentos, culturas e valores. Dessa forma não se pode ignorar a importância do trabalho com tal temática desde a primeira infância, uma vez que é nessa fase em que a criança está em pleno desenvolvimento afetivo, cognitivo, psicológico, social e cultural, ou seja, está se descobrindo e ao se descobrir também descobre o mundo que a rodeia.
 Com a Lei 10.639/03 fica estabelecida a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, buscando assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantir a inclusão de diversos aspectos da história e cultura que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos brasileiros, já disposto nos artigos 26, 26A e 79B da Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Assim sendo, a Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica não pode ficar isenta dessa parcela do currículo, cabendo aos seus gestores, professores e demais envolvidos proporcionar situações nas quais as crianças possam adquirir conhecimentos sobre a história e a cultura Afro-Brasileira e Africana.
De acordo com MEC (2004) a escola tem papel preponderante para a eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, pois proporciona conhecimentos diferenciados capazes de consolidar e ajustar as nações de forma democrática e igualitária. Para que isso ocorra as escolas e os professores devem estar preparados, abandonando improvisos, desfazendo e corrigindo atitudes preconceituosas e racistas, reestruturando relações étnico-raciais e sociais e desalienando processos pedagógicos.
As crianças, desde a Educação Infantil, devem aprender a conviver com o diferente, pois a riqueza da humanidade está na diversidade e nossa nação foi forjada nessa diversidade. É preciso apontar caminhos diferenciados para que as crianças de hoje não sejam os adultos xenofóbicos de amanhã e a escola, enquanto instituição social, deve se posicionar contra toda e qualquer forma de discriminação, como assinala MEC (2004), assumindo um compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico- raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de codificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar em diferentes níveis de formação.
Para que tais reflexões e mesmo a aplicabilidade da lei 10639/03 seja implementada é de suma importância que as unidades escolares, bem como todos os profissionais se envolvam e desenvolvam mecanismos para se trabalhar a temática racial nas escolas. E um desses mecanismos pode ser por meio de Projetos. Ademais, trabalhar com projetos não é algo fácil, uma vez que requer a mobilização de toda a equipe da Unidade Escolar, das famílias e da comunidade, entretanto os projetos, como bem assinala MEC (2014, p.22), “são formas de promover aprendizagens integradas e situadas para todos os envolvidos no processo educativo”. Não é um método ou receita, mas um formato que ganha configurações diversas para cada grupo, etapa de escolarização, profissional da educação e familiar envolvido. Isso faz com que a aprendizagem seja viva e significativa para todos os envolvidos, e dessa forma traz um desenvolvimento cognitivo capaz de perdurar por toda a  vida e em se tratando da temática racial e da herança cultural dos povos africanos é algo de extrema importância na construção de uma sociedade mais igualitária e justa.
Segundo Hernandez (2004 apud MEC, 2014, p.22) “o que faz os projetos terem vida na educação escolar é o envolvimento do aprendiz naquilo que está aprendendo, conectando a comunidade escolar com o mundo vivido”. Ao se trabalhar com projetos é preciso lançar o olhar para uma perspectiva multifaceta, capaz de contemplar inúmeros aspectos, indo além daquilo que se presume como menos ou mais importante, é relevante que aspectos como o fascínio, a colaboração, a exploração, os questionamentos, as descobertas, os conflitos, as discussões e as reflexões estejam sempre presente. Enfim, como nos esclarece Hernandez (2001 apud MEC, 2014, p.24), a finalidade desse projeto é que “as crianças aprendam desde muito cedo a tomar decisões, a assumir responsabilidades e a não deixar que sua própria voz seja silenciada pelos que falam mais alto ou projetam formas de exclusão”.
Considerando que a oralidade é um aspecto relevante para a Educação Infantil, uma vez que por meio dela as crianças estabelecem laços, interagem, inserem-se e apropriam-se da cultura, apresentaremos a experiência do Projeto Espaço Griô:Histórias e Identidades, desenvolvido na Educação Infantil com a sala de Fase II no município de Tambaú, sendo crianças na faixa etária  entre cinco e seis anos e totalizando 23 envolvidos.
Com um significado muito especial para a cultura africana os Griôs são os contadores de histórias, genealogistas, cantores e poetas populares, responsáveis por transmitir tudo o que sabem às novas gerações, por meio da tradição oral. Para as sociedades africanas, a oralidade é um elemento de extrema importância na manutenção e produção cultural, sendo a palavra falada capaz de criar e transformar o mundo. Tais narrativas são guardadas e transmitidas pelos Griôs, que são treinados para esse ofício desde a infância.
1-      Descrição do caso
Buscando atender à legislação e preparar adequadamente os professores da rede municipal de ensino a Prefeitura Municipal de Tambaú, juntamente com o Departamento Municipal de Ensino firmaram o compromisso, por meio do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC),com a Universidade Federal de São Carlos para a realização do Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-Raciais, coordenado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) na qual os professores cursistas tiveram a oportunidade de obter referenciais teóricos e práticos para trabalharem adequadamente a temática proposta.
O curso foi realizado no segundo semestre de 2014, portanto é nesse contexto que surge a ideia de desenvolver o projeto Espaço Griô, que era um dos projetos que poderia ser desenvolvido, dentre outro como: Projeto Capoeira.
    Como já apresentado o projeto foi desenvolvido na Educação Infantil com a sala de Fase II, envolvendo crianças entre cinco e seis anos de idade, sendo um total de 23 crianças. No desenvolvimento,  o projeto contou com a participação das famílias dos alunos, demais docentes da escola, Assistentes de Desenvolvimento Infantil (ADIs) e membro da comunidade (contadora de histórias).
Os materiais utilizados foram: almofadas, tecidos com estampas étnicas, tapete, bancos, mesas, câmera fotográfica, DVD, rádio, CD, boneca e galinha de pano, sucatas, tecidos, tinta, papéis diversos, livros de histórias, fotografias, retalhos, ervas para o chá, copos descartáveis, objetos de matriz africana, corda, giz, cola, pincel, canetinha, tesoura, palito de churrasco, revistas, lápis de cor, lápis de escrever,  EVA, cestas, fitas adesivas, grampeador, brinquedos diversos.
A situação-problema foi: “Quais estratégias os professores e professoras de Educação Infantil podem adotar para enfrentar o desafio de construir uma adequada iniciação das crianças na temática da diversidade racial, organizando para isso ações pedagógicas cotidianas que contemplem a efetivação da Lei 10.639/2003?”
Diante do exposto o projeto caminhou da seguinte forma: criou-se um local denominado “Espaço Griô”, onde o ambiente preocupou-se com a contextualização do tema em desenvolvimento para que as crianças pudessem ter experiências concretas com todo o conteúdo a ser desenvolvido durante o trabalho, bem como foram realizadas diversas atividades e algumas oficinas que contemplaram as fases sugeridas pelo livro “História e Cultura Africana e Afro- Brasileira na Educação Infantil”, sendo elas:
Atividade 1: Ancestralidade- Durante essa etapa desenvolveu-se um trabalho que contemplou a origem das crianças. Para isso uma pesquisa, em forma de questionário, foi enviada às famílias que em seguida foi explorada de acordo com a faixa etária. Também  solicitou-se que cada família enviasse uma fotografia para a montagem de um painel, que da mesma forma foi explorado com as crianças e ficou em exposição no Espaço Griô. A turma confeccionou um livrinho contando sobre sua ancestralidade com o objetivo de registrar tudo o que foi explorado nessa etapa (reconhecimento de si mesmas e de seus colegas, identificando-os por seus nomes e características físicas, familiares, costumes, etc).
 O livro “História e Cultura Africana e Afro-brasileira” (MEC 2014) sugere que uma canção seja ouvida ou cantada para delimitar o início e o fim das atividades com esse eixo, na qual todos possam ouvir seus nomes. A canção para o início das atividades foi “A canoa virou” e para o fim “Se eu fosse um peixinho”. Utilizou-se também a canção “Gente tem sobrenome” (Toquinho), objetivando acentuar o conhecimento e a importância do sobrenome.
Nesse momento também foram realizados alguns jogos e brincadeiras de matriz africana objetivando que as crianças vivenciassem e tivessem experiências de situações com o próprio corpo e com o corpo dos colegas, pois como nos assinala Maranhão (2012) o ser humano aprende jogando, aprende brincando, aprende sentindo o outro.
ü  Atividade 2: Contação de histórias africanas- Esse eixo iniciou-se com a apresentação do clipe da música “A Galinha D’Angola, interpretada por Ivete Sangalo, do CD Arca de Noé de Vinícius de Moraes. Em seguida foi realizada uma roda de conversa sobre a letra da música, buscando levantar o conhecimento das crianças sobre a galinha d’angola. No momento seguinte foi contada a história “A galinha d’angola” da coleção “Fábulas Encantadas” com o objetivo de explorar um pouco mais sobre a galinha. A próxima história contada foi “Bruna e a Galinha D’Angola”, que também configura-se como  eixo norteador do presente projeto, uma vez que a maioria das oficinas desenvolvidas ancorou-se nos aspectos levantados pela história supracitada. Organizou-se a pintura de panôs coletivos representando a galinha d’angola feita através do carimbo das mãos para, bem como um fantoche de palito da personagem Bruna para que ficassem expostos no Espaço Griô.
Nessa etapa foram realizadas as seguintes oficinas: 1- jogos e brincadeiras de matriz africana na quadra da escola, objetivando o desenvolvimento da corporeidade; 2- confecção de ganzá e tambor utilizando sucata e sementes, para que as crianças pudessem  expressar a oralidade através de canções populares; 3- pintura de panôs, relembrando partes da história “Bruna e a Galinha D’Angola.
      Concomitantemente às atividades já citadas foi confeccionado um livro coletivo sobre as cores da África, com o objetivo de que as crianças percebessem a diversidade existente no país em questão. Também tivemos a visita de uma contadora de histórias, representando um membro da comunidade. A história contada foi “Poá”, de Marcelo Moreira, também dentro do contexto da galinha d’angola e enfatizando as diferenças.
Uma exposição para as famílias foi organizada ao final do Projeto para que todos da comunidade escolar tivessem a oportunidade de apreciar parte do trabalho desenvolvido pelas crianças.
2-                 Discussão
Nesse momento julgo por oportuno discutir separadamente sobre cada etapa realizada, considerando a especificidade da temática desenvolvida. a) Rodas de conversa-  sempre realizadas ao início e ao término de cada eixo trabalhado buscando o levantamento de ideias prévias das crianças e das novas ideias e conhecimentos adquiridos após a realização de cada atividade. Percebeu-se grande entusiasmo na maioria das crianças sobre cada assunto trazido e um interesse em aprender cada vez mais sobre o tema. Diariamente fomos questionadas sobre o momento em que iríamos para o Espaço Griô para realizar as atividades lá, pois nos dizeres das crianças: “Lá é legal! A gente aprende um monte de coisas diferentes! Lá tem bastante coisas bonitas e coloridas! Eu fico feliz quando vou lá!” b) Trabalho de identificação das fotos e organização do mural das famílias-  para demarcar o início e o final dessa atividade, como já mencionado, cantaram-se as músicas “A canoa virou” e “Se eu fosse um peixinho”. Foram  apresentadas as fotos e pedido que os colegas identificassem quem era a criança retratada e com as fotografias de família foi solicitado à cada um que apresentasse, nomeando para o restante da classe quem estava ali retratado. A realização dessa atividade foi bastante prazerosa, uma vez que cada um teve a oportunidade de ouvir e sentir-se ouvido pelo restante do grupo. Percebemos que todos sentiram-se felizes e orgulhosos ao apresentar sua família para o restante do grupo que ouvia atentamente, não havendo nenhuma manifestação contrária durante as atividades. Um fato curioso foi certa dificuldade em conseguir as fotos de família, uma vez que a maioria das famílias não as tinha. c) Confecção do livro sobre a Ancestralidade-  essa atividade demandou bastante tempo, uma vez que vários aspectos foram explorados. Houve rodas de conversa, observações no espelho, confrontos sobre aparência física idealizada e a real, conflitos sobre cores adequadas para colorir a autoimagem. Embora algumas crianças apresentassem muita dificuldade em reconhecer sua imagem real, a maioria demonstrou muita autonomia no auto reconhecimento e formação da própria imagem. Outro fato intrigante foi a nomeação das cores; cor de pele para o salmão. Isso talvez denote uma convenção social, entretanto foi uma verdadeira desconstrução e reconstrução para acabar com tal convenção e trazer ao entendimento que a pele não é salmão, mas existem peles de outras muitas cores. d) Exploração da pesquisa com as famílias-  essas atividades foram ancoradas nas respostas trazidas pelas famílias ao questionário enviado, como pesquisa. Explorou-se as brincadeiras, brinquedos, cantigas e artesanatos relatados pelos pais. Foram momentos agradáveis em que as crianças puderam perceber que muitos costumes atuais são aprendidos dos mais velhos e transmitidos de geração em geração. e) Jogos, Brincadeiras e Músicas-  durante tais atividades as crianças participaram ativamente demonstrando muito prazer e envolvimento no que estavam realizando e tiveram a oportunidade de trabalhar o corpo de maneira diferenciada, como já mencionado. f) Pintura coletiva dos panôs- como a história geradora do projeto tratava desse conteúdo, desenvolvemos essa atividade e foi um momento criativo, no qual cada um teve a oportunidade de utilizar partes do corpo para criar algo diferente do convencional. g) Fantoche da Bruna- as crianças gostaram bastante de ter a oportunidade para dar vida a personagem do livro. h) Confecção do livrão coletivo sobre as cores da África.- a cada página podia-se notar que a imaginação estava aflorada, bem como a curiosidade e a criatividade. i) Oficinas- Cada uma ofereceu  a oportunidade de produzir algo diferente e vivenciar o protagonismo em sua aprendizagem. Foram momentos de bastante descontração, divertimento, diálogo, criatividade, trabalho coletivo, imaginação e algumas vezes soluções de conflitos. j) Contadora de história da comunidade- foi um momento inédito e inesquecível para as crianças, que gostaram muito de receber uma pessoa da comunidade para lhes contar histórias, conversar, cantar e se divertir. k) Exposição para as famílias- configurou-se como um encerramento do projeto. Os pais puderam prestigiar com grande satisfação parte da produção de seus filhos, nas quais tiveram participação em alguns momentos. As crianças sentiram-se valorizadas ao verem seus pais comparecendo para apreciar suas obras.
3-      Conclusões
Ao finalizar esse projeto podemos concluir que, embora demandando muito esforço, um trabalho incansável e incessante de desconstrução e reconstrução de conceitos, preconceitos e convenções, a temática sobre relações étnico-raciais deve estar presente no currículo desde a primeira infância e ser trabalhada de forma efetiva durante todo o ano letivo, não sendo relegada apenas à datas específicas. Incialmente acreditei ser um objetivo inatingível trabalhar com a temática, devido a sua complexidade, julgando o nível de abstração e envolvimento requeridos, entretanto no decorrer do processo percebi que é um trabalho totalmente possível, empolgante e positivo, uma vez que as crianças precisam ser ensinadas de forma adequada a conviver com seu diferente, pois nos dizeres de Mandela (1995) “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar.” As crianças apresentaram atitudes positivas com relação a construção de sua identidade sempre respeitando o outro em sua subjetividade. 
4-      Referências Bibliográficas
ABRAMOWICZ, Anete; VANDENBROECK, Michel. Educação Infantil e Diferença. Campinas: Papirus, 2013.
ALMEIDA, Gercilga de. Bruna e a Galinha D’Angola. Rio de Janeiro: Pallas, 2011.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/ CEB nº 20/2009 e Resolução CNE/ CEB nº 05/ 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
________. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana. Brasília, DF, 2004.
CARDOSO, Ivanilda Amado; SANTOS, Jaqueline Lima. História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil. Revista Presença Pedagógica jul./ago. 2014, págs. 60 à 64.
MARANHÃO, Fabiano; JUNIOR Luiz Gonçalves. O corpo na construção da identidade negra. São Carlos: EdUFSCar, 2012.
MEC/ Secadi. História e Cultura Africana e Afro-brasileira na Educação Infantil. Brasília, DF, 2014.
MOREIRA, Marcelo. Poá. Belo Horizonte: Abacatte, 2009.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2010.
PANZA, Sylvio Luiz. A Galinha D’Angola. São Paulo: Ciranda Cultural, sem data.
SANGALO, Ivete. A Galinha D’Angola. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=r16KLm0A8IY>.  Acessado em 27/09/ 2014.


Boa tarde!
Seguem os slides de uma apresentação que realizei na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sobre um projeto realizado com crianças de 5 e 6 anos contemplando a temática racial!
Espero que gostem!!!
E já que estão aqui deixem um comentário =)


   

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Trabalhando com Vogais

Encontrei essa centopeia organizadora na internet e já comecei a pensar em um jeito super divertido de ensinar as vogais. Pode-se confeccionar essa mesma centopeia, distribuir cartões com figuras e nomes iniciados por vogais para os alunos, incentivando-os a guardar cada cartão em seu devido lugar. Também dá pra colocar letras móveis dentro dos potinhos e pedir que as crianças formem palavrinhas (ai, oi, ui, uai, eu, au, etc...) e dessa forma trabalhar os encontros vocálicos. Mais uma ideia é distribuir figuras e pedir que os alunos procurem dentro dos potinhos as letras iniciais de cada uma e por ai vai... a imaginação é o limite.
Abaixo segue a história das vogais que coletei em um grupo do facebook.

História das vogais
O A estava cansado de viver sozinho, andava de um lado para o outro, e nada de encontrar uma amiguinha.
Certo dia apareceu um lápis, que começou a fazer vários risquinhos.
_O que será que ele está fazendo, pensava o A.
De repente, apareceu o E.
O A ficou tão feliz que foi logo ao encontro do E.
Mas o E achou que ainda era pouco, não dava para formar nada.
Foi então que o lápis voltou e deu um risquinho.
_Viva! Uma letrinha compridinha.
É o I, falou o A.
Mas ainda era pouco.
O A, o E e o I resolveram e chamaram o lápis, que mais uma vez apareceu e fez uma bolinha.
Foi aí que surgiu o O.
Para o espanto de todos, o O não queria vir sozinho e foi logo pedindo ao lápis que trouxesse seu amigo U.
Quanta felicidade! O A, E, I, O, U, agora juntinhas, formam o grupo das vogais que estão em todas as palavras.
Vejam só quanta alegria. As vogais festejando. Pulavam, corriam e brincavam de formar palavrinhas.

Elas cantavam:
Somos 5 amiguinhas
Adoramos passear
Quando damos as mãozinhas
Vejam só o que vai dar.
A, E, I, O, U (marcha soldado).


É isso meus queridos e queridas! Espero que gostem!!! Não se esqueçam de deixar um comentário contando suas experiências =)